segunda-feira, 13 de julho de 2009

Poema ao meu Querido Amor Platónico


Tu eras a borbulha do meu coração. Daquelas infectadas e com pus, que quanto mais se espreme pior ficam. Por mais sabonete, cremes, esfoliantes, alcool, pasta de dentes aquafresh, gasolina Sem Chumbo 95, óleo Fula, Lexívia e outros desinfectantes que te aplicasse, continuavas a crescer, enorme, vermelha e gordurosa. Então, tão rapidamente como o stôr de Francês ajeita a fruta, desapareceste subitamente. E o meu coração voltou a ter a sua suave e lisa pele de rabinho de chimpanzé.
Adeus, o meu acne infectado por ti já não existe mais. Adeus, minha pústula agora já seca.

Sem comentários:

Enviar um comentário